Eu sei que com as novas mídias e grupos de zap, o fórum ficou em segundo plano, mas ele ainda é um ótimo canal de informação para os pilotos. Então lá vai...
Que provão, hein!? Só uma grande equipe poderia realizar um evento assim. Muuuitas trilhas... trilhas novas, trilhas muito antigas, abertas no facão e no braço, trilhas que tinham sido proibidas de passar, trilhas feitas só prá prova, teve de tudo. Uma trilha emendando na outra. Prazeiroso demais. Confesso que levei quase 1 minuto pensando se entrava lá naquela piscina mesmo...hahaha
E a navegação, então? Tem gente que não entendeu até agora pq se perdeu... e o pior, esbravejou que a planilha tava errada...kkk. Puta sacanagem, mas perfeita, tudo certinho. Apenas uma ilusão criada pela situação. Coisa de Diretor porquinho que tem tempo prá ficar maquinando traquitana.
E como se já não bastasse a quantidade de trilhas e a impossibilidade de tirar os olhos da planilha, a chuva veio prá testar os limites da pilotada. Eu tava esgualepado já, mas aquele CT do Banana bem na hora da chuva mais forte sepultou as minhas últimas forças. Fiquei com inveja da média D entregando o GPS naquele último corte.
A inclusão do pessoal BigTrail tbm abrilhantou a prova.
Enfim, Parabéns à equipe por mais este evento com a marca Lavailama.
"ENDURO: é preciso estar segundos à frente, sem andar adiantado!"
Parabéns mesmo...Show a prova...Apesar dos pequenos problemas na prova, que me tiraram o 1º lugar...kkkkkkkkkkkkkkkkkkk...Parabéns à todos os integrantes da equipe....Só quero reafirmar o que o Cassius falow...Que diretorzinho porquinho...rsrsrsrs. Armar aquela do 0,24/0,25...Realmente coisa de quem não tem o que fazer...rsrsrs.....Pegou muito piloto tocha...rsrsrs..Como não sou tocha, eu acertei...rsrss....
O "tio" Cassius, disse tudo, ou quase.... hehehehe
A "marvada" da nossa gasolina Petrobras, com 25 ou 30% de alcool misturado, quase me tirou da prova. Na 5a feira, peguei a planilha, fiz a devidas anotações, carreguei a no R2, calibrei os pneus, conferí a corrente e liguei a moto para ver se estava tudo ok? Maravilha, a moto pegou na 3a pedalada (só uso o botão magico depois de o motor ja estar devidamente aquecido), umas aceleradas, motor redondo, desliguei a moto, fechei a torneirinha da "gasosa" e fui pra casa. (a moto fica na casa da minha sogra).
No sabado, logo após o almoço, tudo pronto, bolsa com as roupas, bota e capacete dentro do carro, vou buscar a moto. Antes de carregá-la na carreta, teste no RS, nas botoeiras, pneus.... maravilha. Só faltava ligar o motor da moto e escutar a sua sinfonia.
Abri a torneira da nossa maravilhosa gasolina Petrobras e para a minha surpresa, a moto começou a "mijar"... PQP.... comecei a suar frio... fecha a torneira, uma batidinha na cuba do carburador, duas ou tres aceleradas para ver se solta a agulha ou o pistonete ou a boia.... Abre a torneira e mijadeira total....
A suadeira virou calafrio, o calafrio, me deu um certo panico, afinal, que mecanico estaria de plantão no sábado após o almoço???
Liguei para o Sopa, já soluçando, gaguejando.... didididissessee.... So so so pa, mimi mimi nha momo to to, tá tá com com o cacarburadodor travadodo....
Ufa, o Sopa deve ter sentido o meu momento de fragilidade e disse: Werlang, venha aqui que vou tentar dar um jeito......
De imediato cruzei a cidade, 50 minutos de agonia e finalmente cheguei na Orma. Em resumo, em pouco mais de uma hora minha querida já estava roncando e sem mijar. Graças a Deus.
Domingo cedo, previsão de chuva, prova do paranaense, receio de médias exageradas apesar de andar na média C. Horário ideal, horário da prova e "enter".
Um calor de matar, parado, transpirava a cantaros. A famosa "mijadinha" pré prova é normal. Duas ou tres gotinhas e nada mais.
Largada, poeira, calor, aferição.... alguns já tinham passado reto e voltavam à toda para buscar o inicio da mesma. Coisas da prova.
Meus "amiguinhos" já estavam no final do deslocamento. Todos se olhando com o canto dos olhos, cada qual com o seu ritual.
Como sempre, estava hiper concentrado na planilha, nada desviava o meu olhar.... segui rigorosamente o que dizia o hodometro e a planilha. Nas dúvidas, ia pelo bom senso. O "tio" Komarcheuski estava na minha frente, andando redondinho, o Joáca atrás, não desgrudava do meu cangote e o Trombeta parecia uma raposa, só esperando o erro de um de nós. O Marcos de Guarapuava eu só via nos neutros.
Aos poucos percebi que alguns pegaram caminhos alternativos, pensei: "opa.... entrei no jogo".
Neutro principal, vento, previsão de chuva.... num dos neutros o Joaca disse: "ué cadê a chuva? não tem nenhuma nuvem?"... De fato não tinha, mas lá ao fundo, havia uma cortina de um diluvio de agua caindo. Não levou 5 minutos e algumas gotinhas começaram a cair no caminho, as gotas logo se transformaram em chuva leve e pesada. O pó, virou paçoca, a paçoca virou barro, o barro virou lama, a pedra sabão virou um Deus me livre. Sorte ou azar, começou a chover forte um pouco antes de começar aquela série de subidas e descidas no reflorestamento e do desmatamento. As canaletas viraram riozinhos hiper lizinhos....
O Joaca e eu entramos firme nas subidas, cada qual escolheu o melhor caminho, o cansaço começou a minar os musculos, principios de cãimbra, ele pela direita e eu pela esquerda.... algum retardatário atravessou no caminho e perdi o embalo. Parei no meio do subidão liso, chovendo. Não tinha ABS que segurasse a moto e desci de ré com tudo. Lá estava o Trombeta dizendo: "pô, vai ter que passar duas vezes por aqui, vou desistir...."
Vendo que o Joaca havia subido, metí bala e acelerei a moto, cuidando para que ela não fervesse, cheguei no alto, neutro de 2 minutos, mas eu já estava uns 5 atrasado. Sobe, desce, trilha, sobe, desce, liso..... chuva, oculos embaçado, luva molhada, calça encharcada, a bota parecia um aquário, mas não desisti.
Tenho pavor de descidas, ainda mais molhadas com barro ou pedra sabão. Por sorte tenho pernas compridas que alem de escora, servem de flaps, mas mesmo assim, levei uns 3 ou 4 catrapos na descida. Moralmente esgotado, respirando pelo nariz e a boca ao mesmo tempo, olhava para baixo e aquilo parecia a visão do inferno....
Já morto (quase né), não conseguia mais por os pes em cima do estribo, pensei: "porra, será que estou tão fraco assim??" Resolvi parar, e tentar por o pé direito em cima do estribo, e nada. Ajudei com as mãos e nada. "K-cilda"???? To fraco mesmo. Olhei para minha bota e vi que eu estava puxando um puta de um cipó e um bambu junto. Resolvido o problema, segui em frente descendo com o pneu dianteiro e o traseiro travados, os flaps no chão e ufffaaaa.... estradão.
Neutro e prova suspensa.
Bela decisão. Não fosse isto, teria tambem desistido.
O resultado para mim foi uma surpresa, pois pensei, com tanta descida molhada e lisa..... TNC
Parabens aos organizadores e diretores da prova. Bem pensada, bem definida e bem decidida.
Sei lá, estava tão concentrado em não errar, que nem vi se tinha 0,24 ou 0,25.... segui a planilha e o totem....
Na verdade, errei duas vezes, numa, passei reto no estradão e na outra não acreditei na piscina à esquerda....
Agora, o que me matou mesmo (alem da idade naftalina) foi o subidão na hora da chuva.... cheguei exausto, dificuldade em respirar, tentar baixar o ritmo cardiaco, e ainda descer os vários tobogãs com os flaps abaixados no máximo e as duas rodas travadas morro abaixo.
Coisas incriveis acontecem quando voce alem de cansado está atrasado.... como pode a traseira na descida passar na frente da dianteira???? Lei de Newton? Murphy?
ou voce conseguir descer em duas canaletas ao mesmo tempo? dianteira na direita e a traseira na esquerda???
Ou porque é que num subidão liso, voce vai que vai e de repente a dianteira aponta para baixo? Leis da física que nem Freud explica... heheheheeheh
O Nivanor sempre me dizia: para onde voce olha, voce vai. na saida de uma curva, já olhe para o inicio da outra e assim por diante. E na trilha lisa, morto de cansado, com cãimbras... como faz? Pialo atras de pialo.